Última alteração: 12-11-2020
Resumo
JULIANI, Alexandra da Silva¹; BOBEL, Daniela de Matos² ; SCHULTZ, Eduarda GabrielaRoos³; DA ROSA, Evelyn Maiara Silva 4 ; DE CAMARGO, Victória Peron 5 ;ROCKENBACH, Sheila Petry 6 ; MOURA, Reis Renato Flávio 7 ; DE CAMARGO, Miria
Elisabete Bairros 8 ; DA SILVA, Angela Maria Pereira 9 .
Palavras-chave: Gestantes; HIV; Transmissão Vertical; Pré-natal.
Introdução: O vírus da imunodeficiência humana (HIV) pode ser transmitido por diversosmeios, principalmente entre mãe-bebê, no momento do parto ou pela amamentação. Estaforma de transmissão denomina-se transmissão vertical 1. A transmissão vertical tem sidoresponsável por 84% dos casos de HIV em crianças com até 13 anos de idade. Aprobabilidade de ocorrer a transmissão vertical pode chegar a 25,5% sem qualquerintervenção. No entanto, por meio de intervenções preventivas, a transmissão pode reduzir-separa níveis entre zero e 2% 2 . O sucesso da prevenção da transmissão vertical depende daidentificação da totalidade das gestantes infectadas e de que essa detecção seja a mais precocepossível 3,4 . Sendo assim, as taxas de diminuição da transmissão vertical são decorrentes daconscientização das gestantes em realizar o pré-natal, no qual ocorrem o aconselhamento e incentivo para a realização do teste de HIV; a utilização precoce do tratamento comantirretrovirais; a orientação sobre a escolha da via de parto, a qual dependerá das situaçõesobstétricas e/ou da carga viral; orientações no puerpério sobre a não adesão ao aleitamentomaterno e sobre os cuidados rotineiros, aumentando, assim, as chances da gestante ter umbebê soro-negativo 5 . Objetivo: Verificar o índice de transmissão vertical do HIV, por meio derevisão sistemática da literatura. Método: Estudo de revisão sistemática da literatura queapresentou identificação do tema, objetivo, seleção dos estudos, análise dos resultados econclusão. Foi realizado um recorte temporal de 5 anos, incluindo artigos no período de 2015a 2020. Na pesquisa foram utilizados os descritores consultados no DeCS, na BVS junto àsbases de dados Lilacs e SciELO, foram usados os descritores: “gestação and HIV ”; “HIV etransmissão vertical”; “gestação and HIV and pré-natal”. Resultados: No estudo de Carvalho(2017) verificou-se que entre 10 mães que não realizaram qualquer consulta de pré-natal, 3(30,0%) transmitiram o vírus ao seu bebê, enquanto das 340 mães que realizaram as consultasde forma regular, apenas 7 (4,4%) crianças foram infectadas. A não utilização do tratamentoTARV durante a gestação foi observada em 45 mães, sendo que 10 crianças (22,2%) filhasdestas mães nasceram infectadas, comparado com apenas 9 (3,0%) filhas de 265 mães queutilizaram a TARV. Nas 17 mães cujo diagnóstico da infecção foi feito no momento do partoou após o parto 7 (41,2%) crianças se infectaram, resultando em uma taxa de transmissãovertical de 41,2%. Já nas 328 mães que tiveram o diagnóstico anteriormente ao momento doparto, 12 (3,7%) crianças foram infectadas e a taxa de infecção foi de 3,7%. Entre as 139mães que tiveram parto normal, 14 (10,1%) crianças foram infectadas, comparado a 7 (3,4%)entre as 208 mulheres em que o tipo de parto foi cesariano. Conclusão: Conclui-se com esteestudo a importância da notificação de gestantes HIV positivo para que possa haverengajamento nas consultas de pré-natal enquanto há possibilidade de prevenir a transmissãovertical, assim como garantir o acompanhamento da gestante. Visto que na maioria dos estudos observados houve grande diminuição da transmissão do vírus mãe-bebê, ainda háuma taxa de incidência significativa onde os profissionais da saúde devem se atentar,realizando a busca ativa de gestantes que não aderem ao tratamento ofertado no pré-natal.