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FONOAUDIOLOGIA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Alexandra da Silva Juliani, Bruna dos Santos Denardi, Sheila Petry Rockenbach

Última alteração: 12-11-2020

Resumo


Palavras-chave: Fonoaudiologia; COVID-19; Atenção Primária à Saúde.

 

Introdução: A Atenção Primária à Saúde (APS) é a porta de entrada do Sistema Único de Saúde, possibilitando acolhimento e orientação que permitem aos usuários atendimento e acompanhamento de suas demandas. A atuação fonoaudiológica neste âmbito engloba ações de promoção, proteção e recuperação da saúde nos diversos aspectos relacionados à comunicação humana, como a fala, a voz, a linguagem, e a audição, em todo o ciclo de vida. O fonoaudiólogo no SUS não pode ser considerado somente um especialista, pois em sua formação recebe conhecimentos globais, que incluem questões culturais, emocionais, físicas, ambientais e econômicas1. Atualmente as experiências vividas na APS pelos profissionais de saúde têm foco principal no enfrentamento da Pandemia de COVID-19 e existem estudos que demonstram que a eficiência da APS pode contribuir para diminuir a incidência da infecção por SARS-COV-2 na sua população, trazendo um impacto direto na redução da morbimortalidade². Além de garantir o acesso principal à saúde no seu território, a APS possibilita a longitudinalidade, integralidade e coordenação do cuidado, a reduzindo a disseminação da infecção utilizando ações de trabalho diretamente na comunidade3. Objetivo: Relatar a experiência de duas Fonoaudiólogas Residentes em Saúde Comunitária em sua atuação na APS no município de Canoas/RS, durante a Pandemia de COVID-19.Metodologia: As atividades são desenvolvidas na Clínica de Saúde da Família União e Guajuviras II, que em meio à Pandemia, mantiveram como prioridade, inicialmente, a campanha de vacinação da Influenza, as consultas de puerpério e pré-natal, acolhimento para demandas imediatas, visitas domiciliares de urgência, testagem rápida de IST’s e SARS-COV-2, que posteriormente, passaram a ser coletadas via RT-PCR, e por fim, o monitoramento de usuários em isolamento domiciliar. As fonoaudiólogas participam das atividades supracitadas, exceto a coleta de RT-PCR, visando prevenção, promoção da saúde, e atendimento clínico ampliado, garantindo os meios necessários à saúde fonoaudiológica e global dos indivíduos. Conclusões finais: A APS, com o apoio de Residentes Multiprofissionais, pode desempenhar um papel central na mitigação dos efeitos da pandemia, mantendo e aprofundando todos os seus atributos, tais como o acesso ao primeiro contato, a longitudinalidade, a integralidade e a coordenação do cuidado e, em especial, a competência cultural e a orientação familiar e comunitária. Embora a demanda neste momento seja de emergência em saúde onde muitos desafios estão sendo vivenciados pelos profissionais do SUS, as residentes estão conseguindo usufruir e experienciar a atenção primária em posição privilegiada, que garante o principal acesso aos cuidados de saúde da população, agindo sobre os determinantes de saúde. Dessa forma, observa-se que é essencial priorizar a APS e expandir a Estratégia Saúde da Família, com objetivo de fortalecer a rede de cuidados do SUS e conter a propagação da doença na população brasileira.

 

 


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