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O presente trabalho tem como finalidade apresentar o serviço de acompanhamento psicológico prestado pelo Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência NAVIV. O acompanhamento se caracteriza como intervenção em crise, na abordagem cognitivo comportamental (TCC). Reconhecida como um fenômeno complexo a violência é considerada um problema de saúde pública, atingindo todas as faixas etárias e classes sociais, sendo comum ocorrer com crianças e adolescentes devido a suas vulnerabilidades. Nesse sentido, a TCC tem se mostrado eficaz e apresentado excelentes resultados para esse tipo de paciente. (PADILHA, M.; GOMIDE, P. 2004). A intervenção deve se basear no fortalecimento do vínculo entre terapeuta-paciente, desenvolvimento de confiança, psicoeducação quanto ao modelo cognitivo comportamental e sobre as emoções, mapeamento de rede de apoio e familiares, desconstrução da culpa que a vítima sofre, identificação de pensamentos relacionados ao abuso, seguido de sentimento e comportamento, entre outras técnicas de acordo com o plano de tratamento individual de cada sujeito. (HABIGZANG et al., 2009). Os atendimentos ocorrem semanalmente nas dependências da clínica escola, utilizando a TCC como abordagem, com duração de 50 minutos. Ocorrem de acordo com o plano de tratamento do paciente, que é individual e se dá através da demanda trazida. Fatores comuns trabalhados são o sigilo, a confiança, psicoeducação sobre a violência e emoções envolvidas no abuso. Observou-se que os maiores números de atendimentos realizados no NAVIV são da faixa etária infantil, e a principal demanda é a violência sexual. No ano de 2019 foram atendidas 21 vítimas de violência, sendo elas 13 do sexo feminino e 8 do sexo masculino. Frente ao exposto, evidencia-se a importância do serviço que o NAVIV presta a comunidade, onde trabalha de forma contínua na busca pelo auxílio a essas vítimas de violência. O papel da psicologia frente às vítimas de violência é auxiliar esse sujeito a resinificar o ocorrido, recuperar experiências positivas que possam vir a estar adormecidas no seu emocional e retomar suas atividades cotidianas de forma saudável e esperada para a idade. Também é importante propiciar um espaço de escuta, acolhimento e sigilo para que essa criança possa sentir-se amparada e confortável para iniciar o processo de ressignificação.