Última alteração: 11-11-2021
Resumo
Objetivo(s):
O trauma consiste em um abalo físico de grande impacto resultante de uma ação abrupta ou violenta que causa danos de extensão variada no organismo e o grau de complexidade deve ser identificado para determinar a conduta terapêutica do paciente. Caso a conduta não seja adequada ou ocorra demora no tratamento logo após a fratura ou durante seu tratamento, os danos ao paciente são consequências que, muitas vezes, se tornam irreversíveis. Com isso, a qualidade de vida do paciente e dos familiares é prejudicada não somente pelos agravos físicos, mas também pelas alterações nas relações sociais, no estilo de vida, na modificação da imagem corporal e distúrbios psicológicos. Por esses fatores, utilizando a principal lesão traumática de cada faixa etária, sendo fratura de quadril em idosos, braço em crianças e trauma raquimedular em adultos, formamos uma linha de atuação visando informar os pacientes e familiares sobre recuperação e prevenção de fraturas.
Material:
Disseminar informações sobre as fraturas mais frequentes em cada faixa etária -criança, adulto e idoso- com o enfoque na prevenção e na instrução de como manejar a situação quando há alguma fratura.
Método:
Relatar a experiência da implementação do projeto de extensão “Fraturou, e agora?” que ocorreu em Unidades Básicas de Saúde com a distribuição de folders para o pacientes e seus familiares. Nesses folders, foram expostas as lesões mais recorrentes em cada faixa etária, além de como preveni-las e, caso venham a ocorrer, informar como um leigo deve proceder diante do incidente.
Resultados:
Durante cinco encontros, foram visitadas duas Unidades Básicas de Saúde e distribuídos folders de caráter informativo para a comunidade. Durante a execução do projeto, as equipes abordaram os pacientes que estavam na sala de espera para as consultas e entregaram folders com as informações referentes às fraturas. Além desses tópicos, os folders continham os números de emergência para os quais se devem ligar num possível incidente. A atividade teve uma grande aceitação da população, dos alunos e dos funcionários, resultando em uma troca de experiências vivenciadas pelos pacientes que mostrou aos alunos quais são as principais dúvidas e preocupações e possibilitou a disseminação do conhecimento sobre como prevenir fraturas e como cuidar delas caso ocorram.
Conclusão:
O feedback recebido pelos alunos foi que o projeto foi de grande ajuda para os pacientes, pois agora eles possuem informação sobre o assunto e, também, para os acadêmicos de medicina que se dispõem a ouvir, aprender e ensinar tirando dúvidas. Sendo assim, ratifica-se a importância das relações educativas e lúdicas entre o aluno e a comunidade e espera-se que a implantação desse projeto ajude na identificação dos fatores contribuintes para quedas no ambiente domiciliar e diminua-os, de forma a promover a segurança a todas as faixas etárias.
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