Em um estudo realizado no Brasil utilizando o Sistema de Acompanhamento do Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento – SispreNatal (http://sisprenatal.datasus.gov.br/SISPRENATAL /index.php), implantado no ano 2000 apontou como perfil das gestantes no Brasil as seguintes variáveis: média de idade de 25 anos sendo 18% adolescentes e 10% com 35 anos ou mais, a maioria referiu cor da pele parda, metade das entrevistas tinham ensino fundamental, mais de 80% referiram viver com companheiro, 75% das entrevistadas iniciaram o pré-natal antes da 16ª semana e 73% realizaram no mínimo seis consultas de pré-natal conforme o recomendado pelo Ministério da Saúde (Viellas et al., 2014).  Conhecer o perfil das gestantes usuárias do SUS é fundamental para que os gestores possam planejar, implementar, avaliar e replanejar políticas públicas de saúde materno infantil. Portanto, objetivo do estudo é descrever o perfil de gestantes usuários do SUS do município de Canoas – RS. A coleta de dados foi realizada através de entrevistas face a face na maternidade do Hospital Universitário. A coleta de dados foi realizada foi realizada de setembro a novembro de 2015. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da ULBRA (Protocolo: 1.340.629). Previamente a realização das entrevistas as puérperas assinavam o termo de consentimento livre e esclarecido Foi elaborado um banco de dados no SOFTWARE SPSS 20.0. Participaram do estudo 302 puerperas e 67,5%(204) declarou ser da cor da pele branca; 57,6%(174) possuíam idade entre 14-25 anos; 64,9%(196) possuíam mais de 8 anos de estudo; 56,6%(171) declararam renda entre 1 a 2 Salários Mínimos; 81,5%(246) eram solteiras ou divorciadas; 55%(166) não planejaram a gestação; 64,2%(194) relaram utilizar algum método anticoncepcional; 72,5%(219) iniciaram o pré-natal durante o primeiro trimestre; 67,2%(203) eram multíparas e 73,8%(223) relataram realizar consultas do pré-natal com o médico. Conhecer o perfil epidemiológico das gestantes é fundamental para prevenir problemas de saúde, pois patologias como por exemplo: infecções do trato urinário, hipertensão e diabetes são comuns durante a gestação e, com isso evitando que a gravidez de baixo risco se torne de alto risco podendo ocasionar partos prematuros e até mesmo o óbito do feto(Andreucci et al., 2011). No presente estudo verifica-se que a maioria das gestantes declararam ter cor da pele branca e ter mais de 8 anos de estudo onde difere do estudo de Viella et al, 2014 e de forma similar ao estudo já citado iniciaram as consultas de pé-natal antes da 16ª semana da gestação. Este início do pré-natal durante o primeiro trimestre irá contribuir para prevenir e/ou tratar doenças que podem acometer as gestantes, como exemplo clássico o diabetes gestacional. Além disso, o pré-natal deve incluir cuidados odontológicos(Reis et al., 2010) que contribuirão com a saúde materno-infantil.  Conclui-se que a maioria das gestantes eram da cor da pele branca, jovens com mais de 8 anos de estudo, de baixa renda, solteiras, iniciaram o pré-natal durante o primeiro trimestre, eram multíparas e realizaram a maioria das consultas com o médico.

REFERÊNCIAS

1- Andreucci, C., J. Cecatti, et al. Sisprenatal como instrumento de avaliação da qualidade da assistência à gestante. Rev Saúde Pública, v.45, n.5, p.854-63. 2011.

2- Reis, D., D. Pitta, et al. Educação em saúde como estratégia de promoção de saúde bucal em gestantes. Ciência & Saúde Coletiva, v.15, n.1, p.269-276. 2010.

3- Viellas, E. F., R. M. Domingues, et al. Prenatal care in Brazil. Cad Saude Publica, v.30 Suppl 1, Aug, p.S1-15. 2014.