Última alteração: 02-09-2016
Resumo
INTRODUÇÃO: A deficiência auditiva tem sido considerada, como uma doença incapacitante, em virtude do papel que a audição desempenha na comunicação humana de forma geral (ALMEIDA e IORIO, 2003). Há diferentes tipos de deficiência auditiva, existindo tratamentos distintos para cada tipo. Porém, na maioria dos casos, necessita-se da utilização de dispositivos de amplificação sonora. Com isso, prover aconselhamento a clientes e seus familiares e/ou cuidadores é uma das diversas áreas que competem ao profissional fonoaudiólogo. O aconselhamento é uma oportunidade de fornecer e receber informações que objetivam facilitar o entendimento da deficiência auditiva e o ajuste do indivíduo a esta condição com o uso do dispositivo (GERALDO et al., 2011). OBJETIVO: Melhorar a comunicação do usuário, propiciando uma melhor interação social. METODOLOGIA: Os alunos selecionados receberam capacitação teórica e prática sobre o todo o processo de protetização auditiva. O projeto ocorreu semanalmente nas dependências do Hospital Ulbra/Mãe de Deus, Canoas-RS, com usuários que receberam a concessão de Aparelho de Amplificação Sonora Individual do Serviço de saúde Auditiva. Os grupos eram formados por um número limitado de participantes sendo no máximo 10 usuários e 10 cuidadores e/ou responsáveis. A proposta da atividade era palestra seguida de oficina. Os temas abordados durante a palestra foram: fisiologia da audição, causas e sintomas da perda auditiva, técnicas para melhorar a comunicação e orientações quanto ao uso e manuseio do AASI. Após, os participantes foram divididos em duplas juntamente com seus cuidadores, onde receberam orientações e treinamento direcionado as suas dúvidas. RESULTADOS: As atividades contaram com a presença de 192 participantes, destes 156 usuários de AASI e 36 acompanhantes. Ao total, foram dadas 469 orientações, sendo em sua maioria quanto ao volume do AASI (13%), limpeza do AASI (12,1%) e tubo (11,9%). CONCLUSÕES FINAIS: A seleção da prótese auditiva é o início do processo de reabilitação, que abrange também a sua adaptação, acompanhada por orientação e aconselhamento, fatores estes importantes para a reabilitação efetiva (BOOTHROYD, 2007). O entendimento, aliado a retenção da informação que é fornecida pelo profissional de saúde, aumenta a aderência ao tratamento, bem como, a satisfação do paciente (KEMKER e HOLME, 2004). A grande maioria dos pacientes apresentava alguma queixa ou dúvida, e que através das atividades foi minimizada, sendo desta forma a atuação do projeto de extensão indispensável no processo de adaptação destes usuários.
Referências bibliográficas
ALMEIDA, K.; IORIO, M.C. Próteses auditivas: fundamentos teóricos e aplicações clínicas. 2ª ed. São Paulo: Lovise; 2003. p. 1-16.
GERALDO, T.; FERRARI, D.V.; BASTOS, B. G. Orientação ao usuário de prótese auditiva: retenção da informação. @rquivos internacionais de otorrinolaringologia (Impresso), v. 15, p. 410-417, 2011.
BOOTHROYD, A. Adult aural rehabilitation: what is it and does it work? Trends Amplif. 2007; 11(2):63-71.
KEMKER, B.E.; HOLMES, A.E. Analysis of prefitting versus posfitting hearing aid orientation using the Glasgow hearing aid benefit profile (GHABP). J Am Acad Audiol. 2004, 15:311-23.