Eventos ULBRA, VIII Salão de Extensão (Canoas)

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ESTRATÉGIAS EDUCATIVAS PARA USUÁRIOS DE APARELHO DE AMPLIFICAÇÃO SONORA INDIVIDUAL
Marion Cristine De Barba, Priscila Quadros de Oliveira, Paula Eunice Gonçalves Trindade, Lucinéia Padilha, Mirele Gnoatto, Raissa Braz Moraes

Última alteração: 02-09-2016

Resumo


INTRODUÇÃO: A deficiência auditiva tem sido considerada, como uma doença incapacitante, em virtude do papel que a audição desempenha na comunicação humana de forma geral (ALMEIDA e IORIO, 2003). Há diferentes tipos de deficiência auditiva, existindo tratamentos distintos para cada tipo. Porém, na maioria dos casos, necessita-se da utilização de dispositivos de amplificação sonora. Com isso, prover aconselhamento a clientes e seus familiares e/ou cuidadores é uma das diversas áreas que competem ao profissional fonoaudiólogo. O aconselhamento é uma oportunidade de fornecer e receber informações que objetivam facilitar o entendimento da deficiência auditiva e o ajuste do indivíduo a esta condição com o uso do dispositivo (GERALDO et al., 2011). OBJETIVO: Melhorar a comunicação do usuário, propiciando uma melhor interação social. METODOLOGIA: Os alunos selecionados receberam capacitação teórica e prática sobre o todo o processo de protetização auditiva. O projeto ocorreu semanalmente nas dependências do Hospital Ulbra/Mãe de Deus, Canoas-RS, com usuários que receberam a concessão de Aparelho de Amplificação Sonora Individual do Serviço de saúde Auditiva. Os grupos eram formados por um número limitado de participantes sendo no máximo 10 usuários e 10 cuidadores e/ou responsáveis. A proposta da atividade era palestra seguida de oficina. Os temas abordados durante a palestra foram: fisiologia da audição, causas e sintomas da perda auditiva, técnicas para melhorar a comunicação e orientações quanto ao uso e manuseio do AASI. Após, os participantes foram divididos em duplas juntamente com seus cuidadores, onde receberam orientações e treinamento direcionado as suas dúvidas. RESULTADOS: As atividades contaram com a presença de 192 participantes, destes 156 usuários de AASI e 36 acompanhantes. Ao total, foram dadas 469 orientações, sendo em sua maioria quanto ao volume do AASI (13%), limpeza do AASI (12,1%) e tubo (11,9%). CONCLUSÕES FINAIS: A seleção da prótese auditiva é o início do processo de reabilitação, que abrange também a sua adaptação, acompanhada por orientação e aconselhamento, fatores estes importantes para a reabilitação efetiva (BOOTHROYD, 2007). O entendimento, aliado a retenção da informação que é fornecida pelo profissional de saúde, aumenta a aderência ao tratamento, bem como, a satisfação do paciente (KEMKER e HOLME, 2004). A grande maioria dos pacientes apresentava alguma queixa ou dúvida, e que através das atividades foi minimizada, sendo desta forma a atuação do projeto de extensão indispensável no processo de adaptação destes usuários.

Referências bibliográficas

ALMEIDA, K.; IORIO, M.C. Próteses auditivas: fundamentos teóricos e aplicações clínicas. 2ª ed. São Paulo: Lovise; 2003. p. 1-16.

GERALDO, T.; FERRARI, D.V.; BASTOS, B. G. Orientação ao usuário de prótese auditiva: retenção da informação. @rquivos internacionais de otorrinolaringologia (Impresso), v. 15, p. 410-417, 2011.

BOOTHROYD, A. Adult aural rehabilitation: what is it and does it work? Trends Amplif. 2007; 11(2):63-71.

KEMKER, B.E.; HOLMES, A.E. Analysis of prefitting versus posfitting hearing aid orientation using the Glasgow hearing aid benefit profile (GHABP). J Am Acad Audiol. 2004, 15:311-23.

 


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