Traumatismos dentários são considerados como um dos principais agravos em saúde bucal, transformando-os em um problema de saúde pública, especialmente em crianças e adolescentes. Isso se deve pela alta prevalência e seu grande impacto psicossocial na vida destas pessoas, pois afeta sua aparência, a fala, a posição dos dentes e até mesmo os custos do tratamento podem ser elevados, pois o tratamento pode se estender por anos após o trauma. Este tipo de agravo à saúde tem se tornado mais frequente em função de acidentes por quedas de bicicleta e skate, brigas e agressões, bem como por quedas no esporte. Os locais mais frequentes de ocorrência são as ruas e o ambiente escolar. A avulsão dentária, que é o deslocamento total do dente para fora do seu alvéolo, é considerada uma das injúrias mais severas e com maiores sequelas, especialmente em pacientes jovens. A abordagem deste tipo de agravo requer a tomada adequada de condutas emergenciais logo após o acidente e também de monitoramento, que podem estender-se por anos. Quando falhas acontecem, especialmente relacionadas ao período logo após o acidente, pelo reimplante não ter sido realizado ou por condutas que diminuem as chances de sucesso de um reimplante, o resultado pode ser a perda dos dentes.  Estas falhas poderiam ser controladas se houvesse maior conhecimento acerca do manejo deste tipo de trauma. O objetivo deste trabalho é contribuir para o maior conhecimento do público leigo, em especial, sobre as manobras emergenciais frente à avulsão dentária. Fica reconhecida assim, a importância de campanhas que informem pessoas leigas e profissionais da saúde, por meio de protocolos, a conduzir de forma adequada este tipo de traumatismo e assim reduzir o impacto negativo das avulsões dentárias. Espera-se, desta forma, diminuir o grau de desconhecimento sobre condutas emergenciais nos casos de avulsão dentária, especialmente para pessoas que podem estar próximas de quem sofre este tipo de lesão traumática.

Palavras-chave: avulsão dentária, qualidade de vida, protocolo.