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O PAPEL DO PSICOLÓGO NA ATENCÃO BÁSICA- NASF
Cinthia Aranovich, Luiz Felipe Duarte

Última alteração: 10-09-2018

Resumo


 

As novas diretrizes nacionais da saúde defendem a posição de que a Psicologia, no âmbito da atenção básica, deve concentrar-se  nos Núcleos de Apoio a Saúde da Família (NASF), no intuito de atingir uma maior resolutividade e abrangência da  Estratégia de Saúde da Família (ESF). Dentre os diversos núcleos profissionais estratégicos do NASF, o presente relato de experiência descreve a sua inter-relação com o núcleo de psicologia. A residência multiprofissional em área profissional da saúde, criada a partir da promulgação da Lei n° 11.129 de 2005, permite avaliar o paciente como um todo, dando acompanhamento às queixas por ele apresentadas, promovendo a promoção e a prevenção de saúde. O presente trabalho tem como objetivo relatar a experiência multidisciolinar de uma  residente de psicologia  inserida no  NASF de uma UBS de um município de Canoas/RS. Este trabalho propõe uma compreensão das atribuições da psicologia no campo da atenção básica.   O trabalho terá como método um relato de experiência realizado durante  a residencia de Psicologia Comunitaria  em uma UBS no municipio de Canoas/RS em 2018  até  o presente momento. O  trabalho propõe uma reflexão entre a literatura existente sobre o tema e a prática cotidiana do serviço.

Os profissionais de saúde mental  do NASF  costuma atuar  nas seguintes ações: realizando atividades clínicas pertinentes a sua responsabilidade; buscando priorizar   abordagens coletivas; apoiando  a ESF na abordagem dos casos com demandas pertinentes  a saúde mental; negociando com a ESF os casos que necessitem de intervenção conjunta; tenta-se evitar a "medicalização" de situações comuns à vida cotidiana; mobiliza-se  recursos comunitários para construir espaços de reabilitação psicossocial na comunidade como  por exemplo o Grupo de Orientação de Mães e Pais e o Grupo de Escuta; Articulam-se ações intersetoriais  entre outras.  O psicólogo na atenção básica, deve seguir a lógica do matriciamento, e primar por ações compartilhadas em detrimento das ações de cunho especificamente clínico Conclui-se que  devido a carga de trabalho extensa dos profissionais da ESF, o matriciamento que é o espaço dedicado a discução e responsabilização com o usuário  acaba erroneamente sendo percebido como  secundário. Nesse sentido o NASF,  devendo prevalecer como suporte técnico pedagógico, com vistas a proporcionar maior autonomia a ESF é entendido, por vezes  como serviço de referencia. Considera-se  que a reprodução de práticas  somente de enfoque clínico  gera  conseqüências de não responsabilização da equipe  na ênfase das práticas de saúde pública.

 

 

Palavras-chave: Psicologia; NASF; Atenção Básica à Saúde

Referencias:

 

BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. 114p. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_atencao_basica.pdf>.

BRASIL. Diretrizes do NASF: Núcleo de Apoio a Saúde da Família. Brasília: Ministérioda Saúde, 2009. 152p. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/abcad27.pdf>

 


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