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AVALIAÇÃO DA PREVALÊNCIA DE POLIFARMÁCIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS
Alessandra Santos Menin, Crissiane Melo Nepomuceno, Paulo Roberto Cardoso Consoni

Última alteração: 10-09-2018

Resumo


INTRODUÇÃO: com o aumento da expectativa de vida da população, aumenta o contingente de portadores de doenças crônicas, que necessitam do uso de medicamentos. No entanto, o grande número de medicamentos e as alterações inerentes ao processo de envelhecimento aumentam a vulnerabilidade aos eventos adversos a medicamentos, seja por reações adversas, seja por interações medicamentosas. O objetivo do estudo é avaliar a prevalência de polifarmácia em idosos institucionalizados.

METODOLOGIA: trata-se de um estudo transversal realizado em 2018 numa Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI) municipal, em Canoas, RS. Todos os idosos residentes a partir dos 60 anos participaram do estudo. Para a coleta de dados, foram analisadas as medicações de uso contínuo contidas nos prontuários de cada idoso e utilizado o critério de polifarmácia como sendo o uso de cinco ou mais medicamentos.

RESULTADOS: a amostra final foi de 48 idosos, sendo que apenas um foi excluído do estudo por ter idade inferior a 60 anos. A faixa etária variou entre 61 a 96 anos, sendo 45,8% do sexo masculino e 54,2% do feminino. Apenas 33,3% usa menos de 5 medicamentos, sendo que, nesse grupo, 50% utiliza 4. Ademais, 22,9% usam 5 medicamentos, 8,33% usam 6, 22,9% usam 7, 6,25% usam 8, 4,16% usam 9 e 2,08% usam 11, sendo esse o número máximo de medicamentos utilizado. Além disso, em se tratando de gênero, o sexo masculino apresentou uma média de 5,7 fármacos, enquanto o feminino de 5.

CONCLUSÃO: tendo em vista que 66,7% dos idosos da amostra apresentam polifarmácia, o estudo vai de encontro ao que a literatura revela sobre os altos índices de polifarmácia nessa população. O uso racional de medicamentos para a crescente população idosa é um grande desafio para a saúde pública. É um parâmetro complexo que envolve a responsabilidade de todos os elos da cadeia do medicamento, desde a indústria farmacêutica, as autoridades regulatórias e o sistema de saúde, até profissionais da saúde e pacientes.

REFERÊNCIAS:

Carvalho MFC et al. Polifarmácia entre idosos do Município de São Paulo - Estudo SABE [internet]. São Paulo; 2012. [Acesso em: 2 ago. 2018]. Disponível em: https://www.scielosp.org/scielo.php?pid=S1415-790X2012000400013&script=sci_arttext&tlng=es

Lucchetti G et al. Fatores associados à polifarmácia em idosos institucionalizados [internet]. Rio de Janeiro; 2010. [Acesso em: 2 ago. 2018]. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbgg/v13n1/a06v13n1.pdf

Oliveira MPFd, Novaes MRCG. Perfil socioeconômico, epidemiológico e farmacoterapêutico de idosos institucionalizados de Brasília, Brasil [internet]. Brasília; 2012. [Acesso em: 2 ago. 2018]. Disponível em: https://www.scielosp.org/scielo.php?pid=S1413-81232013001000020&script=sci_arttext


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