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O mapeamento realizado pelo Serviço Geológico Brasileiro, CPRM[1], iniciado no ano de 2011 identificou e classificou áreas que apresentam risco geológico, principalmente àquelas relacionadas com movimentos de terra e inundações. No município de Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul, foram identificadas regiões onde há presença de tais riscos. O bairro Vila Diehl, local onde há áreas classificadas pelo CPRM, é foco de estudos na Universidade Feevale através de pesquisa nos projetos Diagnóstico dos Impactos Ambientais e a Saúde no Processo de Formação da Cidade de Novo Hamburgo, e extensão, com o Programa de Estudos Ambientais em Desastres, com seus projetos aTUAção em Desastres Naturais e Habitar Legal. A região nomeada Rua da Participação, pertencente ao bairro Vila Diehl, possui um crescimento populacional local onde, em muitas ocorrências, a ocupação urbana é dada de forma irregular e está mapeada como área de risco. Através de imagens obtidas pelo sistema Google Earth, o mapeamento realizado por Parnow, Zardo e Petry (2018)[2] e o levantamento de riscos do CPRM, foi possível observar o setor de risco na Rua da Participação. Analisou-se o comportamento da área nos momentos:11/out/2005; 09/abr/2009; 28/out/2013; 23/ago/2017. Os arquivos foram cruzados no software ArcGis sendo possível diferenciar a área pelas categorias: vegetação exótica, vegetação nativa, campo e área urbanizada; o cálculo das áreas foi efetuado dentro do ArcGis e a soma das mesmas e seus respectivos gráficos no Excel. A ocorrência de vegetação exótica, no período estudado, é muito restrita e não vai alterar a interpretação dos resultados. A parcela urbana é predominante em todos anos analisados. Entretanto, foi possível observar uma retomada do extrato vegetal nativo, evidenciado na comparação dos anos 2009 e 2013. Tal fato, pode-se associar a uma desapropriação de terra efetuada, no ano de 2011, pela Defesa Civil do município. A retomada de vegetação não é algo característico em uma região onde a ocupação irregular está em ascensão, porém, em situações como esta relatada no presente trabalho é possível. Recomenda-se a continuidade dos trabalhos, com levantamentos de campo e levantamentos de dados sócio-econômicos que possam influenciar na ocupação. Assim viabilizando uma melhor compreensão da ocupação, seja irregular ou não, e da forma como ela ocorreu.

[1] CPRM, Serviço Geológico Brasileiro. Carta de suscetibilidade a movimentos de massa e inundação, Município de Novo Hamburgo- RS. Escala 1:50.000. 2014. Disponível em:<http://www.cprm.gov.br/publique/Gestao-Territorial/Geologia-de-Engenharia-e-Riscos-Geologicos/Cartas-de-Suscetibilidade-a-Movimentos-Gravitacionais-de-Massa-e-Inundacoes---Rio-Grande-do-Sul-5084.html.>.

[2] PARNOW, Paulo Roberto; ZARDO, Camille; PETRY, Karla. Análise Temporal de Ocupação Urbana e Vegetação por Imagens de Satélite em Ambiente SIG. Novo Hamburgo, RS. 2018. Submetido.