O presente trabalho se baseia na ideia de comparar o método higienista de manejo de águas pluviais com o modelo de Low Impact Development (Desenvolvimento Urbano de Baixo Impacto) o qual é uma abordagem criada nos Estados Unidos que procura reaproximar ou desenvolver uma determinada região respeitando o regime hidrológico natural.

O LID, surgiu como medida compensatória às consequências negativas do desenvolvimento urbano, tais consequências associadas são, por exemplo: alteração do regime hidrológico, danos aos corpos hídricos, modificação severa do clima e conforto urbano, alto impacto ambiental, contaminação das águas, entre outros.

O LID consiste em preservação da configuração topográfica e vegetal local ou da recuperação da mesma, e como método de desenvolvimento são indicadas as seguintes medidas: biorretenção, utilizando pequenas áreas com vegetação densa e solo rebaixado para maximizar a retenção hidráulica além reter poluentes; telhados verdes, compensando a diminuição de vegetação utilizando os telhados; pavimentos permeáveis, permitindo a absorção de água pelo solo; coletores de água, onde são armazenados volumes excessivos dentro dos lotes; fundações verdes, onde procura-se construir com afastamento do chão; seleção de espécies vegetais, algumas espécies maximizam a absorção de água e poluentes.

Aplicando estes dispositivos é possível diminuir o coeficiente CN de absorção de água pelo solo, e com isso calcular os valores do escoamento superficial através do hidrograma unitário. Neste trabalho específico serão comparados os cenários de urbanização atual com a hipótese de ter ocorrido o desenvolvimento utilizando o LID.

Somente diminuindo o CN já é possível distribuir a vazão ao longo do tempo nas bacias urbanas. Isso auxilia na proteção dos corpos hídricos e na proteção de comunidades ribeirinhas.

Neste caso, o volume calculado deve possibilitar uma estimativa futura de viabilidade técnica e financeira.

Usando as proposições do LID é possível desenvolver um cenário menos impactante, o que também trará vantagens como a melhoria do conforto urbano e diminuição dos efeitos climáticos severos.

No Brasil, sugere-se adequação em planos diretores exigindo cálculo de escoamento de cada lote prevendo uma retenção neste nível, assim como a tentativa de preservar as interações atmosféricas nos mesmos.