INTRODUÇÃO: A atenção integral à saúde da mulher refere-se ao conjunto de ações de promoção, proteção, assistência e recuperação da mulher nas diferentes fases do ciclo vital feminino. Neste ambiente, é importante conscientizar as mulheres sobre assuntos gerais da saúde feminina e do recém-nascido. O Projeto de Extensão da UFCSPA “Mulher de A à Z” desenvolve suas ações para comunidade do Hospital Fêmina de Porto Alegre/ RS, desde o ano de 2012.

OBJETIVOS Desenvolver ações na promoção à saúde das mulheres através de intervenções com orientações gerais. O projeto visa orientar a mulher sobre diversos assuntos, incluindo o seu período gestacional, pós-parto e cuidados gerais com o recém-nascido. Todas estas atividades contribuem para o processo de formação dos discentes da UFCSPA, oferecendo a possibilidade de vivência e construção do saber com uma visão integral da saúde humana, no contexto da saúde feminina.

METODOLOGIA: As ações desenvolvidas incluem “beira de leito” e “sala de espera” que envolvem orientação de temas direcionados à saúde da mulher com o uso auxiliar de cartilhas temáticas (IST’s, tabagismo, aleitamento, incontinência urinária, cuidados com o recém-nascido, etc.), as quais são discutidas e entregues às usuárias do serviço. Após as intervenções é aplicado um questionário de satisfação, por meio do qual avaliamos a qualidade e efetividade do projeto e também coletamos sugestões para a produção de novas ações. As visitas seguem ocorrendo semanalmente, com um tempo médio de intervenção de 1 hora, totalizando 8 a 12 pacientes por visita.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Até o presente momento, 2571 usuárias dos serviços do GHC/Fêmina já foram beneficiadas, sendo 1467 pelas ações de “beira de leito” e “sala de espera”. A média de satisfação atribuída pelas usuárias do serviço é de 9,7.O princípio da integralidade como eixo norteador das ações de educação e com base nesse princípio é que o Projeto Mulher de A a Z busca uma articulação entre conhecimento científico e o conhecimento já apresentado pelas usuárias, para que, por meio desta estratégia integradora, a construção de um saber coletivo que traduza no indivíduo sua autonomia e emancipação¹-².

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Além de proporcionar aos alunos uma visão mais humana e integrada do atendimento às mulheres no período gestacional e puerpério, o projeto de extensão evidenciou a necessidade de um trabalho em educação em saúde para auxiliar as mulheres na realização do seu autocuidado e do seu bebê, acarretando à melhor qualidade de vida e prevenção de possíveis doenças³.

REFERÊNCIAS:

1- Gazzinelli M.F. Educação em saúde: Conhecimentos, Representações Sociais e Experiências da doença; 2005: http://www.ufrgs.br/cuidadocomapele/arquivos/textos_para_leitura/educacao_em_saude/Educacao_em_saude_conhecimentos.pdf

2- Machado M.F.A. Integralidade, formação de saúde, educação em saúde e as propostas do sus - uma revisão conceitual; 2007 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232007000200009

3- Costa NS. Prática do Autocuidado e demandas por cuidados de enfermagem pelas puérperas; 2010:

http://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/enfer/article/view/378/394