Eventos ULBRA, XI Salão de Extensão (Canoas)

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RESTAURAÇÃO DE FRATURA DE CARAPAÇA EM TIGRE-D’ÁGUA-BRASILEIRA (Trachemys dorbigni) – RELATO DE CASO
Ana Clara Rosa Stiehl, Diandra da Silva Larrea, Wendel Dietze, Elisandro Oliveira Santos, Viviane Machado Pinto

Última alteração: 10-09-2019

Resumo


Lesões traumáticas em quelônios são ocorrências comuns na rotina veterinária. Em se tratando de espécies de vida livre, os atropelamentos encontram-se entre as situações mais frequentes. No presente relato discorre-se sobre o atendimento de uma fêmea adulta de tigre-d’água-brasileira (Trachemys dorbigni) realizado no HV-Ulbra após ser encontrada com fratura em carapaça, vítima de atropelamento em uma rodovia do Rio Grande do Sul. A paciente de vida livre apresentava estado de consciência inalterado, sem sangramento, assim como duas fraturas na carapaça com exposição da cavidade celomática e uma fratura parcial de ponte. Ao exame radiográfico foi observada a presença de 14 ovos formados no oviduto. Visando a rápida recuperação, reabilitação e soltura da paciente para que pudesse exercer seu comportamento natural de ovipostura, evitando retenção de ovos e maiores complicações, foi realizada o mais breve possível a reconstrução das fraturas de carapaça e ponte. Após estabilização do quadro clínico da paciente e limpeza das feridas, o animal foi anestesiado para a redução das fraturas com morfina 1mg/kg (IM) e propofol 4mg/kg (IV), seguida de intubação endotraqueal e manutenção anestésica com o isoflurano em vaporizador calibrado a 2%. As lesões foram limpas, alinhadas e estabilizadas com micropore®, posteriormente sendo aplicada a resina acrílica autopoliremizável jet®. A paciente teve seu bem-estar reestabelecido e, com seu comportamento natural sendo exercido e sem complicações cirúrgicas, foi solta em um dos lagos da Ulbra-Canoas 10 dias após o procedimento de restauração de carapaça, evitando dessa forma algumas possíveis complicações com sua manutenção em cativeiro, como a retenção de ovos e habituação. O animal foi avistado cerca de um mês após sua soltura em possível trajeto de ovipostura dentro do campus.


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