Última alteração: 10-09-2019
Resumo
INTRODUÇÃO: A gestação é um período da vida almejado por inúmeras mulheres. Ainda, tornar-se mãe exige adaptações físicas e emocionais para lidar com isso. Assim, o momento do parto deve ser meticulosamente cuidado e bem avaliado, haja vista que é uma experiência única para a mulher. Entretanto, atualmente, o momento do parto tem se tornado conflituoso para diversas mulheres independentemente da classe social. Dessa forma, o pré-natal, o parto e o puerpério vêm passando por diversas mudanças na forma de condução. O relato de profissionais da saúde, esgotados pela precariedade do Sistema Único de Saúde (SUS), busca justificar conflitos que possam ter ocorridos na hora do parto. Ao mesmo tempo, gestantes e seus familiares encontram-se ofendidos e sensibilizados por atitudes desses profissionais no momento especial do parto. Desde o surgimento do Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento, da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher e do Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal (4), diversas ações de saúde vêm sendo direcionadas a esses segmentos populacionais de forma mais sistemática no SUS. Em 2011, o MS lançou a Rede Cegonha (RC), normatizada pela Portaria nº 1.459, com o objetivo de ampliar o acesso e melhorar a qualidade da atenção pré-natal, a assistência ao parto, ao puerpério e à criança com até 24 meses de vida (5). A Rede Cegonha visa retornar a humanização do parto para que o ambiente em que esse recém nascido venha a habitar seja o mais proveitoso possível. Desse modo, trazer às gestantes o conhecimento sobre seus direitos na hora do parto, tais como: acompanhante, episotomia, auxílios financeiros por programas governamentais, …, são fundamentais e tornarão o momento além dê um procedimento cirúrgico, como vem ocorrendo. OBJETIVOS: Objetivou-se tornar de conhecimento das gestantes todos os direitos que possuem na hora do pré-natal, do parto e do puerpério, como foi informado ao grupo pelo corpo de enfermagem sobre a falta de conhecimento sobre os seus direitos como gestantes. Além disso, ampliar o conhecimento sobre a Rede Cegonha em um Hospital Universitário para que a informação pudesse ser difundida. Apresentar as gestantes seus direitos no momento em que irão dar a luz como o direito a analgesia e a necessidade de respeito por parte dos profissionais da área da saúde. MATERIAL E MÉTODO: A partir da entrega de um folder, que os alunos desenvolveram, foi apresentado em uma roda de conversa elucidativa com as gestantes em atendimento no Hospital Universitário da ULBRA, sendo fundamental para o esclarecimento de algumas dúvidas, já que nele estava discriminado diversos assuntos que são dúvidas recorrentes. As informações midiáticas sobre violência obstétrica demonstram que algumas gestantes acreditam que apenas devem obedecer a equipe de saúde que esta lhe prestando assistência. CONCLUSÕES FINAIS: Gestantes vitimadas por um sistema de saúde que não pode oferecer estrutura para o parto precisam ser alertadas sobre quais são os direitos que devem exigir. Ainda, informar essas sobre onde recorrer caso ocorra algum desrespeito a elas. O diálogo informal proposto, no Hospital Universitário da ULBRA, foi muito bem atendido e houve troca de experiências entre as gestantes. Portanto, ao aliar conhecimento e direitos humanos o parto, de forma mais humana, tenderá a se tornar algo comum novamente na sociedade e a frivolidade ofertada por alguns profissionais não será mais encontrada.