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O tétano é uma doença infecciosa grave, causada por toxinas geradas pela bactéria Clostridium tetani que é comumente encontrada no solo em forma de esporo a partir das fezes dos mamíferos. A forma esporulada é altamente resistente e quando infecta uma ferida profunda e encontra meio anaeróbio, se converte na forma vegetativa, liberando três toxinas: a tetanolisina, a toxina não espasmogênica e a tetanospasmina, esta última é responsável pelo principal sinal clínico gerado pelas toxinas do C. tetani, a espasticidade muscular intensa, que ocorre pelo bloqueio da toxina nos neurotransmissores inibitórios de glicina e do ácido gama-aminobutírico no sistema nervoso central. Os sinais clínicos iniciais característicos desta enfermidade são a marcha rígida, orelhas eretas, cauda elevada e contração dos músculos faciais. O diagnóstico é realizado a partir da anamnese e sinais clínicos apresentados. O presente trabalho tem o objetivo de relatar um caso de tétano que foi diagnosticado e tratado na Clínica Veterinária Pet Center Canoas no período de outubro de 2018, onde foi atendida uma fêmea canina, sem raça definida, de cinco anos de idade, com sinais clínicos de rigidez muscular intensa, generalizada e progressiva que iniciou uma semana após ter realizado cirurgia de ovariohisterectomia eletiva. De acordo com os sinais clínicos e o histórico do animal, suspeitou-se de tétano. A paciente foi internada e tratada com a antitoxina tetânica, dexametasona, dipirona, diazepam, metronidazol, ranitidina, maropitant e amoxicilina com clavulanato. Além disso, outros procedimentos como sondagem uretral para controle do débito urinário, limpeza da ferida cirúrgica e manutenção da paciente em ambiente calmo e escuro também foram realizados durante o período de internação.