Eventos ULBRA, XI Salão de Extensão (Canoas)

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A INFLUÊNCIA DA ARTE E A FOTOGRAFIA NA VIDA DO MIGRANTE CONTEMPORÂNEO
Marcia Silva, Gabriel Souza, Laura Ribeiro

Última alteração: 10-09-2019

Resumo


Este texto propõe refletir acerca da influência da arte e a fotografia na vida de um grupo de migrantes de variadas nacionalidades, a partir da observação participante desenvolvida nos encontros com os integrantes do projeto de extensão “O Mundo em Novo Hamburgo” - Universidade Feevale. Sendo assim o projeto de pesquisa, “Território Nômade: migrações, transições e deslocamentos na fotografia contemporânea”, elaborou uma proposta fotográfica em colaboração com os/as envolvidos/as nas atividades extensionistas. Desde agosto de 2018, o projeto de pesquisa vem desenvolvendo uma serie de oficinas que busca observar os efeitos da arte, mais especificamente na expressão fotográfica, nas relações - de conexão - entre agentes sociais migrantes da Palestina, Filipinas, Senegal, Haiti e Colômbia com o Brasil; e vice-versa. O projeto desenvolve-se através de encontros mensais, no qual o foco está na expressão e no suporte fotográfico, deslocando a linguagem técnica. Inicialmente, ainda em sala de aula, procurou-se entender a aproximação de cada migrante com o equipamento e tecnologia propostos para algumas aulas, no caso, smartphones e aplicativos de captura e edição existentes para os mesmos. Uma vez que um dos eixos é a prática, realizado o contato inicial e relação de diálogo com os migrantes, desenvolveram-se oficinas de fotografia com o celular (selfie), câmera escura, quimigrama, lightpaing e oficina de retratos. A realização destas oficinas tem permitido estabelecer uma relação paulatina de confiança e de receptividade dos migrantes em relação às atividades propostas. Foi a partir desta relação que o projeto de pesquisa começou a desenvolver o projeto fotográfico intitulado “Conexões”, onde se pretende visibilizar os vínculos de amizade entre brasileiros, do Vale dos Sinos e os migrantes. Para este projeto, tem se realizado ensaios fotográficos específicos, com o migrante o seu convidado, estabelecendo ao mesmo tempo uma conversa que reflete as relações das pessoas, além das fronteiras e das etnias. O interesse se aprofundou em superar estereótipos estéticos e fotográficos e se aproximar do cotidiano dos fotografados, revelando a fotografia e a arte não só como uma ferramenta estética, mas como uma ferramenta universal que permite aproximar as pessoas, independentemente de sua língua e sua cultura.


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