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INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO EM IDOSOS
Eduardo Langorte Toledo, Brenda Ramos de Vargas, Juliana Picinini, Katrine de Borba Freitas, Carolina Mallmann Wallauer de Mattos

Última alteração: 10-09-2019

Resumo


A população idosa apresenta maior risco de contrair infecções devido às mudanças fisiológicas do envelhecimento, diminuindo a capacidade funcional. A Infecção no Trato Urinário (ITU) é a invasão e multiplicação de microrganismos em qualquer estrutura desse sistema, considerada o segundo tipo de infecção mais comum em idosos, sendo a maioria provocada por bactérias. O diagnóstico de ITU em idosos é definido pela identificação do microrganismo causador de infecção, além da presença de sinais ou sintomas sugestivos. Com o objetivo de refletir sobre o processo de envelhecimento e suscetibilidade à ITU, fatores de risco, agentes etiológicos, diagnóstico laboratorial e tratamento, o estudo foi realizado através de uma revisão bibliográfica em artigos científicos publicados em periódicos e revistas especializadas no período de 2000 a 2019, com os descritores infecção do trato urinário, idosos e microrganismos. Os fatores que contribuem para o acometimento de ITU em idosos são: deficiência estrogênica pós-menopausa, aumento do volume residual de urina e presença de cistocele nas mulheres; hipertrofia ou infecção prostática, diminuição da atividade bactericida das secreções prostáticas, estenose de uretra e presença de cateteres urinários nos homens; e para ambos os sexos a presença de anormalidades urológicas, bexiga neurogênica, sondagem vesical, fraldas, Diabetes mellitus e outras doenças de base. O diagnóstico é realizado por meio da urocultura, identificando o microrganismo infectante e trazendo subsídios para a conduta terapêutica através do antibiograma. A infecção urinária é caracterizada pelo crescimento bacteriano de pelo menos 105 UFC/mL de urina. Em idosos, pode ser valorizado crescimento bacteriano a partir de 104 UFC/mL de urina. As enterobactérias são os microrganismos mais isolados em uroculturas, sendo a E. coli o agente bacteriano mais prevalente. Outras bactérias identificadas com maior frequência são P. mirabilis, algumas espécies de Klebisiella, Enterobacter e Citrobacter, Providencia stuantii e P. aeruginosa. Entre os gram-positivos, destacam-se os estafilococos, Enterococcuss e o estreptococo do grupo B. A prescrição antimicrobiana definitiva para o tratamento da ITU deve-se basear no perfil de sensibilidade da bactéria identificada e na resposta clínica ao tratamento.

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