Tamanho da fonte: 

Este estudo tem por objetivo dar visibilidade a um encontro com mulheres em situação de vulnerabilidade e violência, realizado no CRAS II- Viva Mulher, em Novo HamburgoRS, a partir do Projeto de Extensão Laços de Vida, da Universidade Feevale. O agravamento das condições de precariedade econômica, social e cultural do público feminino é o enfoque do projeto, que busca refletir as causas e o enfrentamento da violência a fim de prevenir estereótipos de gênero e promover o aumento da autoestima. As Oficinas de Expressividade acontecem utilizando a arte como ferramenta. A partir do uso da arte são implementadas conversas que, aos poucos, vão socializando essas mulheres. Em um dos encontros, com duração de 2 horas, foi apresentada uma proposta a partir da história do livro “A Parte Que Falta” de Shell Silverstein, uma metáfora moderna sobre a constante procura por algo que, supostamente, nos tornaria completos e, desse modo, “perfeitos”. O preparo dos materiais envolveu uma cartolina branca, recortada no formato de um círculo, tendo sido retirado um pedaço em formato de fatia de pizza. Ambos foram entregues a cada mulher a fim de que, nesse círculo incompleto, pudessem apresentar de forma livre o que conseguissem perceber de positivo em suas vidas. A seguir, foram disponibilizadas várias “fatias” que não se encaixavam exatamente, onde poderiam apontar o que julgavam estar faltando para se sentirem mais felizes. Na parte inteira as mulheres representaram a família, espiritualidade, paz, amor, saúde, gratidão, dar os próprios passos... Já a parte que faltava trouxe palavras referentes à compreensão, dialogo, respeito, força espiritual, trabalho, dentre outros. O grupo refletiu e debateu abertamente sobre o que julgavam de positivo e o que consideravam estar faltando. Após essa dinâmica foi colocado um vídeo com a história do livro para que todas pudessem assistir e fazer suas (re)considerações. A partir do vídeo as mulheres compreenderam que ninguém é completo e que a felicidade depende de cada uma. Como resultado, observou-se a importância de trazer meios, através da arte, que provoquem a autocrítica e que as estimulem a não desistir de si mesmas, fortalecendo sua autoestima. O Laços de Vida se traduz como uma força externa de suporte para as participantes seguirem suas vidas com criatividade, qualidade e empoderamento.Palavras chave: Projeto de Extensão. Expressividade. Mulheres. Vulnerabilidade. Empoderamento.___________________________