A prática pedagógica envolve um contínuo desejo à professores de aperfeiçoamento sobre o processo de constituir-se e tornar-se professor². Este desejo, decorrente de discussão que envolvem a formação do professor e suas derivações, como temáticas relacionadas a metodologias de ensino e avaliação, qualificam o processo de ensinagem. Neste aporte, este trabalho, recorte de um projeto de pesquisa que vem sendo desenvolvido na Ulbra, tem por objetivo apontar os benefícios das Rodas de Conversa (RC) na formação inicial de professores. As atividades desenvolvidas com um grupo de professores em formação inicial se caracterizam pela investigação e pela contextualização do Ensino de Química na Educação Básica, considerando diferentes metodologias para que os sujeitos possam desenvolver aulas capazes de instigar o aluno. As RC se dividem em três momentos: 1º. Construção de saberes epistemológicos e pedagógicos em relação às metodologias de ensino por meio da leitura, do diálogo e da discussão; 2º. Elaboração cooperativa e individual de atividades de ensino relacionadas às metodologias aprendidas; e 3º. Aplicação na Educação Básica das atividades elaboradas, construindo saberes e ressignificando conhecimentos. Inserir as RC na universidade é uma forma de maximizar a aprendizagem na rede pública de ensino, pois o professor busca fazer a diferença em sua prática pedagógica. As RC são estratégias política-libertadoras que favorecem a emancipação humana, política e social de coletivos historicamente excluídos¹, na medida em que qualificam a formação do professor e o constitui epistemologicamente sobre metodologias de ensino. Ademais, o aperfeiçoamento do professor vem ocorrendo por meio do diálogo, da colaboratividade e da cooperação, o que o propõe a troca de saberes e experiência na medida em que dialoga sobre as atividades. Logo, acredita-se que as RC, que se encontram no 1º grande momento, tem proporcionado aos licenciandos saberes críticos-problematizadores em relação à construção de metodologias que potencializam o conhecimento, efetivando-se por meio da troca e da contextualização². A partir da leitura e da discussão, além da absorção e da internalização de saberes epistemológicos e pedagógicos relacionados a metodologias ativas, os sujeitos encontram novas possibilidades de pensar, fazer e ser professor.