Eventos ULBRA, XI Salão de Extensão (Canoas)

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FREQUÊNCIA DA REALIZAÇÃO DE EXAMES LABORATORIAIS EM IDOSOS RESIDENTES DE UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA EM CANOAS
Juliana Picinini, Katrine Borba, Eduardo Toledo, Brenda de Vargas, Carolina de Mattos

Última alteração: 10-09-2019

Resumo


Sabe-se que juntamente com o processo de envelhecimento humano ocorrem tanto alterações fisiológicas, como funcionais e bioquimicas. Deste modo, a população geriátrica é mais suscetível a contrair infecções, assim como sofrem uma tendência a apresentar níveis reduzidos de hemoglobina, culminando em processos anêmicos, que por sua vez podem agravar doenças já existentes ou contribuir para o surgimento de novas complicações. Outra condição fortemente associada ao envelhecimento populacional é o Diabetes Mellitus, doença em que os níveis de glicose sanguínea se encontram elevados e pode, a longo prazo, acarretar em patologias cardiovasculares, cerebrais, renais, entre outras. Exames laboratoriais de rotina, tais como hemograma, Exame Qualitativo de Urina (EQU) e exames bioquímicos podem facilmente auxiliar no diagnóstico e/ou prevenção de diversas doenças, tais como infecções urinárias, diabetes, anemia, patologias renais e hepáticas. Tendo em vista essas considerações, o presente estudo teve como objetivo investigar a porcentagem de idosos residentes de uma Instituição de Longa Permanência (ILP) que possui tais exames em dia. Para tal, foi realizado um estudo observacional do tipo transversal, para o qual foram compilados todos os laudos laboratoriais de 19 idosos que residem em uma ILP do município de Canoas- RS. De modo geral, do total de idosos, apenas 15,5 % possuíam algum tipo de exame laboratorial em 2019. O hemograma e as dosagens séricas de creatinina, de sódio e potássio foram realizados em 15,5 % dos idosos da instituição, enquanto que o Exame Qualitativo de Urina (EQU) foi realizado em 10,5 %; a dosagem sérica de enzimas hepáticas TGO/TGP e pesquisa de bactérias resistentes foram realizadas somente em 5,3% dos pacientes. Nenhum paciente tinha dosagem sérica de glicose, colesterol total e vitamina B12. Em relação aos indivíduos que não possuíam nenhum tipo de exame, 37,5% apresentava alguma doença de base, tais como Mal de Alzheimer ou Esclerose Múltipla. Com base nesses resultados, é possível concluir que é necessário maior conscientização dos cuidadores e familiares quanto à necessidade da realização de tais exames, visto que são essenciais para prevenção e/ou diagnóstico de doenças que podem acometer essa população mais debilitada, assim como para monitorar as patologias já existentes.


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