A atuação do fonoaudiólogo nas escolas contribui para o processo de ensino-aprendizagem dos discentes, posto que em conjunto com professores são pensadas estratégias para estimulação da linguagem oral e escrita, voz e audição (Zorzi, 2003). O projeto Brincando com a Linguagem atua em uma escola municipal de Porto Alegre com alunos de 1° a 3° ano, investigando e auxiliando a população através de jogos educativos (Kishimoto, 1994), os quais têm a função estimular habilidades linguísticas por meio da ludicidade. No ano de 2017 foram investigadas as habilidades de vocabulário, fonologia, discriminação auditiva, consciência fonológica e escrita. Em seguida, foram propostas oficinas lúdicas para potencialização da aprendizagem das crianças nestes aspectos. No primeiro semestre de 2019 foram apuradas as necessidades de cada turma por meio dos dados anteriores e os protocolos reaplicados para levantamento dos resultados das ações propostas pelo projeto em conjunto com a escola. Para o segundo semestre de 2019 estão sendo confeccionadas oficinas direcionadas às principais necessidades de cada turma e laudos com orientações para pais e professores acerca do analisado. Até o momento foram avaliados 328 alunos, sendo 31,09% do 1° ano, que trabalharam elementos de vocabulário; 34,45% alunos de 2° ano, que foram avaliados em fonologia; e 34,45% do 3° ano, avaliados em consciência fonológica. O enfoque para cada ano escolar ocorreu diante do exposto pelos dados de 2017, que sondou essas habilidades como tendo maiores atrasos pelos discentes. Após a análise, as oficinas confeccionadas incluem atividades que têm foco principal na ampliação de vocabulário, exploração das habilidades de consciência fonológica e outras questões de linguagem oral e escrita, que, de forma lúdica, transportam o conhecimento teórico aprendido pelos graduandos de fonoaudiologia para a prática extensionista. O projeto vem cumprindo com o esperado. Contribui na formação dos graduandos, os quais aprendem a importância de um fazer multidisciplinar através do contato com o corpo docente; estabelece orientações aos pais, possibilitando precauções para possíveis problemas e estimula o aluno através da imaginação e curiosidade, mostrando a eficiência do brincar para o processo educacional.